Depois de alguns dias sem postagens, continuo aqui a exposição à carta escrita por Paulo às comunidades cristãs em Corinto. Espero postar com mais frequência de agora em diante. Então, comecemos...
Como é comum nas cartas
da antiguidade, Paulo inicia identificando os remetentes (1.1). Este “irmão”
não se sabe ao certo quem é. Em At 18, 12-17 aparece o nome Sosthénen como chefe da sinagoga em
Corinto no tumultuado julgamento paulino naquela região, mas não sabemos e
estamos falando da mesma pessoa. Se for o mesmo, Sóstenes se convertera e estava
em Éfeso na ocasião da escrita da Carta.
Como em Gálatas, Paulo
começa defendendo seu apostolado: “Paulo chamado apóstolo de Cristo Jesus, por
meio da vontade de Deus”. Esse início aparentemente mecânico e inofensivo serve
como uma inicial afirmação de sua autoridade.
O
apóstolo descreve os destinatários de sua missiva como a “igreja de Deus”, que
faz parte daqueles santificados em Cristo, ou seja, os separados para viverem a
santificação – na carta, essa santificação é discutida. A santidade está ligada
ao invocar o nome do senhor Jesus, uma identificação coletiva com todos crentes
em Cristo . Aqui os destinatários são os coríntios, mas colocados entre
todos os demais do tempo de Paulo, que possuíam a mesma fé, dando ao seu
argumento um caráter ecumênico e deixando claro aos destinatários que eles faziam
parte de um grupo maior. Talvez, dessa forma, estivesse iniciando sua crítica a
qualquer arrogância por parte dos espirituosos ou fortes dentro da comunidade
(1,2).
Da
saudação ele passa para "ação de graças" (1,4-9), como fez em outras cartas. Paulo dá graças a Deus pela graça (cháris)
que receberam em Cristo, alegrando-se pela rica presença dos dons e
conhecimento na comunidade (4-7). No entanto, como ele mesmo ouviu falar, o que era muito bom tornou-se em instrumento para problemas. Não lhes faltava nenhum dos dons (1,7), mas sim a
capacidade de preservá-los e vivê-los em comunhão, para o benefício de todos. Precisamos entender que “ riqueza”, no verso 5, deve ser vista em termos de carisma e
não econômica, porque entre eles não haviam muitos poderosos e nem de famílias nobres
(1,26).
Ele
termina essa saudação confiante de uma confirmação do bom procedimento dos
irmãos em Corinto, como se acreditasse em uma futura e certa mudança em relação
aos problemas detectados ( v.8), porque o Deus que os chamou é fiel! (v.9).
Kenner, não sabia que estava fazendo essas exposições. Vamos juntar esse material, preciso de algo assim para o próximo semestre, quando vou trabalhar as cartas paulinas no ICEC.
ResponderExcluirViu que estou há meses tentando trabalhar Mateus e não saí do capítulo 4?
Um dia teremos alguns comentários para publicar.
Não encontrei seu e-mail, então me escreve, para que eu possa compartilhar contigo aquele projeto de exegese: aol10@ibest.com.br
Abraço.
Olá Anderson,
ResponderExcluirclaro! Inclusive fiz a mesma coisa aqui neste blog com Gálatas! E tenho esta carta e 1 Coríntios prontas! Vou mandar o email para ti.
grande abraço