O demoníaco na Bíblia sempre foi motivo de muitas discussões. Na academia, nos últimos trabalhos sobre esse assunto, é quase consenso entre os exegetas de que não há no Antigo Testamento uma demonologia propriamente dita, como ocorre no mundo do Oriente Próximo[1], enquanto que na literatura apocalíptica do judaísmo tardio, e nos Cristianismos das origens, ocorre uma proliferação de demônios e o mundo é visto como cheio de seres malignos, em uma estrutura bem esquematizada e organizada. Então, perguntar-se somente pelo pano de fundo veterotestamentário para essa visão de mundo não é suficiente, pois teremos poucas respostas.
Não temos na Bíblia hebraica a presença de uma personificação do mal ou um termo para designar um demônio com autonomia, ou um líder de hostes malignas, ou muito menos uma visão dualista, onde esses seres são inimigos de Deus, ou desejam impedir seus planos e projetos. Concordo com Schiavo que “a figura independente do mal, é difícil de identificar no Antigo Testamento por ser fruto de uma grande mistura cultural, com influências da magia, da religiosidade popular, do ritualismo apotropáico oficial, do simbolismo poético”[2].
Em alguns textos da Bíblia hebraica, o bem e o mal estão ligados a Javé (Is 45,6-7; Jó 2,10; Am 3,6). Na teologia exclusivista do javismo, as ações de características demoníacas foram, com o tempo, atribuídas a Deus, ocorrendo em alguns textos o que podemos chamar de “assimilação mítica”, onde “ao adotar antigas tradições, geralmente pré-israelitas, a teologia oficial suprime os demônios das mesmas, transferindo os traços demoníacos a Javé”[3].
Depois do contato cultural exílico e pós-exílico, ocorre um desenvolvimento da teologia israelita em relação ao mal, pois aparecem outras figuras geradoras de males, mas mesmo elas estão debaixo das ordens de Javé. Vemos esse desenvolvimento, por exemplo, em 2 Sm 24, 1 e 1 Cro 21,1, onde Davi, no primeiro, é pelo Senhor incitado a recensear o povo (ação que seria posteriormente desaprovada), enquanto no segundo Satã é acusado de tal tentação. Ao recontar a história, o cronista, para poupar Deus da culpa direta, pois neste momento o problema da teodicéia pós-exílica é resolvido com seres celestiais responsáveis pelas desgraças, sugere a invasão de um membro da corte divina na casa real para motivar Davi a pecar[4].
Satã, originalmente é uma atribuição dada a algum ser humano, no sentido de inimigo ou adversária. Em I Sm 29,4 Davi é considerado Stn (Satan); o inimigo de Salomão também é um Satan (I Rs 11,23); em Nm 22,22.32 o anjo do Senhor que se opôs a Balaão se porta como um Satã – neste caso, no sentido de opositor, o anjo age naquele momento como um obstáculo, ou seja, a expressão, também aqui, não diz que o anjo é um ser denominado “Satã”[5] . Com o tempo, esse mesmo Satã se torna uma figura não terrena que está na corte celestial (Zc 3,1s; Jó 1,6s; 2.1) debaixo das ordens de Deus, como um promotor de acusação dentro da imagem das cortes do Antigo Oriente. Em Jó e Zc isso é bem claro. Como se percebe Satã não é na Bíblia hebraica um líder de demônios e muito menos um adversário de Deus. O diabo, na Bíblia Hebraica, é diabo de Deus.
O espírito que leva os profetas a mentirem a Acab, em um quadro evidente de corte celeste de Javé[6], é enviados por Deus (I Rs 22, 19-23) e o espírito que atormenta a Saul, não tem autonomia: vem de Javé ( I Sm 16,23).
Um episódio único na Bíblia hebraica está em 1 Sm 28. Saul participa de um ritual de necromancia, em En-Dor – uma prática distintivamente cananita[7]. No verso 13 aparece a expressão elohim que sobem da terra[8]. Brian B. Schmidt, lendo esse episódio à luz da necromância mesopotâmica, onde se tinha a idéia da participação dos deuses que também subiam do abismo[9], chega à conclusão que o termo elohim designa os “deuses conhecidos por serem convocados para auxiliar a necromancia na recuperação de um espírito”[10]. Essa narrativa a respeito de Saul foi preservada pelos interesses deuteronomistas de mostrar que a terra e as suas bênçãos dependiam da completa separação das práticas religiosas dos outros povos[11].
Até Belial (bly‘l), como acredita C. Martone, na Bíblia Hebraica é um conceito e não personificação do mal. Na LXX nunca é traduzido como um substantivo próprio, mas sempre por meio de termos tais como ándres paránomoi (homem sem lei, contra lei, Dt 13,14), também como huioí loimoi (filhos da pestilência, I Sm 2,12), ou anēr áphōn (homem insensato, imprudente, Pv 16,27), até mesmo no chamado Targum Onkelos (III d.C) as passagens de Dt 13,14 e 15,9 não se refere a um nome próprio[12]. Isso muda na literatura apócrifa e pseudepígrafa, em Qumran e na literatura cristã.
Na literatura judaica não-canônica, pode-se ver a personificação de Belial, especialmente no Testamento dos Doze Patriarcas . Aqui bly‘l ou Beliar é o nome dado ao Príncipe do Mal, Espírito das Trevas (Test. Levi 19,1): 1) Os homens maus são dominados por seus espíritos (Test. de Ash 1,8; Test. de Levi 3,3, Test. de José 7,4); 2) ele é oposição a Deus (Test. Dan 1,7; Test. De Naf. 3,1)[13]; 3) também aparece Belial como aquele que fornece aos seus seguidores uma espada causadora de muitos males (Test. de Ben. 7,1-2. 3); 3) esse Belial será vencido nos últimos dias pelo messias ( Test. de Judá 25,3; Dn 5,10; Test. Ben. 3,8).
No livro de Jubileus ele é um príncipe do mal, e inimigo da humanidade (Jub. 1,20-21). Em Qumran Belial pode indicar algo abstrato, como no uso bíblico, ou um anjo do mal, como na literatura apocalíptica. Qumran é o elo, que traz a idéia abstrata bíblica, genericamente negativa, e a personificação da literatura apocalíptica e do Novo Testamento, assim como da literatura patrística [14].
Ocorrem na Bíblia Hebraica expressões de seres animalescos e aterrorizantes, termos invocadores de imagens míticas de monstros marinhos, dragões, seres desérticos e divindades estrangeiras. Estes termos e imagens não são organizados como uma demonologia veterotestamentária, num escopo dualista, mas aparecem como seres do imaginário israelita em diálogo com as religiões circunvizinhas.[15]
A imagem dualista da existência e a possibilidade do surgimento de uma demonologia mais prolífera, menos tímida (como aparece no Antigo Testamento), estão ligadas às interações culturais exílica e pós-exílica, na qual a religião de Israel moldou uma demonologia mais definida e rica. É digno de nota também a influência da tradução da Septuaginta (LXX), que traduziu como diabolos, carregado do conteúdo grego, expressões como Satan, mudando o teor demonológico da Bíblia hebraica[16].
[1] Ver: SCHIAVO, Luigi. 2000 Demônios em Decápole. Exegese, história, conflito e interpretação de Mc 5,1-20. Dissertação (mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Metodista de São Paulo, 1999. SCHIAVO, Luigi. O mau e suas representações simbólicas. O universo mítico e social das figuras de Satanás na Bíblia. In: Estudos da Religião 19 (2000): 65-83; SCHIAVO, Luigi. O Simbólico e o diabólico: a vida ameaçada. In: Phoînix 8 (2002): 230-243; RABUSKE, Irineu J. Jesus Exorcista. Um estudo exegético e hermenêutico de Mc 3,20-30. São Paulo, Paulinas, 2001; KILPP, Nelson. Os Poderes demoníacos no Antigo Testamento. In: Estudos Bíblicos 74 (2002): 23-36; PAGELS, Elaine. The Social History of Satan, Part II: Satan in the New Testament Gospels. In: Journal of the American Academy of Religions. 52\ 1 (1994): 221- 241. PAGELS, Elaine. The Social History of Satan, the ‘Intimate Enemy’: A Preliminary Sketch. In: Harvard Theological Review. 84/2 (1991): 105-128. PAGELS, Elaine. As Origens de Satanás: um estudo sobre o poder que as forças irracionais exercem na sociedade moderna. Rio de Janeiro, Ediouro, 1996; HAMILTON, Victor. Satan. In: Freedman, D. N. (ed.). The Anchor Bible Dictionary. New York, Doubleday, 1992; FORSYTH, Neil. The Old Enemy: Satan and the Combat Myth. Princeton, Princeton University, 1987.
[2] SCHIAVO, Luigi. 2000 Demônios em Decápole... p. 133.
[3] KILPP, Nelson. Os poderes demoníacos no Antigo Testamento... p. 25. Kilpp mostra como exemplo Gn 32,23-33, onde a crença popular de demônios no rio Jaboc, que atacavam a noite e perdiam as forças pela manhã, foi assimilada e integrada a figura de Javé: quem lutou com Jacó, na nova apropriação israelita, era ninguém menos que Javé. Há a mesma assimilação em Ex 4, 24-26, onde a crença antiga de um demônio do deserto que atacava quem pousasse em seu território, e o sangue poderia afastá-lo; no texto o sangue afasta a Javé.
[4] PAGELS, Elaine. As Origens de Satanás... p. 70.
[5] RUSSEL, Jeffrey Burton. O Diabo: as percepções do mal da antiguidade ao cristianismo primitivo. São Paulo, Paulus, 1997.
[6] WOLFF, Hans Walter. Bíblia: Antigo Testamento. Introdução aos escritos e aos métodos de estudo. São Paulo, Paulinas, 1978. p. 16.
[7] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor, 1 Samuel 28 and Ancient Eastern Necromancy. In: MEYER, Marvin; MERECKI, Paul (ed.). Ancient Magic and Ritual Power. LEIDEN/NEW YORK/ KÖLN, Bril, 1995. p. 111
[8] A LXX traduz ~yhiîl{a/ como Qeou.j
[9] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 125.
[10] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 126.
[11] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 128
[12] MARTONE, C. Evil or Devil? Belial from the Bible to Qumran. Henoch 36 (2004):115-127. p. 117.
[13] Martone explica que o texto grego do Testamento dos XII patriarcas é fundado em duas formas ou recessões (a e b). Por exemplo, no texto da recessão b onde fala da “vontade do diabo” lê-se “vontade de Belial”. Neste caso vemos uma clara identificação filológica de Belial com o mal: uma posterior evidencia que a história do texto é a história da cultura envolvendo o texto original. MARTONE, C. Evil or Devil?... p. 118.
[14]1QS I,16-18; 22-24 vemos a dominação de Belial (mmšlt bly‘l), como lote de Belial (I QS II,4-5). A dominação de Belial (mmšlt bly‘l) é o mundo fora da seita, e o lote de Belial são os que vivem naquele mundo, mudar para salvação seria se associar a seita. Os filhos das trevas (bny hwšk) estão debaixo da dominação dos anjos das trevas (ml‘k hwšk) descritos na instrução dos dois espíritos (1QS III, 13 – IV,26). Para Martone ml‘k hwšk é bly‘l. O autor acredita que os últimos redatores do Rolo da Comunidade entendiam o termo bly‘l como o anjo do mal. Contudo nos Hodayot (1QHa XI 27-30,32; 1QHa XII 9-14; 1QH 26-27;39) podem ter as duas idéias (um substantivo próprio ou a idéia de “worthlessness”). Diferentemente dos Hodayotes, outros textos como Rolo da Guerra personifica Belial, onde este com seu lote estarão numa guerra final contra Deus e seu lote (1QM 1,5; 15,3;18.1-3). De acordo com os textos de 1QM, pode-se perceber que em Qumran acreditava-se que o mal era parte dos planos divinos, como também sua final destruição. Aqui está a idéia dos “dois espíritos”, onde ele tem a ação das duas forças que o próprio Deus criou. Mas, com a ajuda de Deus pode-se livrar dos planos de Belial (4QMidrEscat XXII, 12 // 1QS III,24 – sobre os dois espíritos). A figura demoníaca na instrução dos “dois espíritos” é o ml‘k hwšk e não menciona bly‘l, enquanto em 4QMidrEscat podemos ler uma similar passagem com a menção de Belial. Isso pode sustentar que em certo estágio do desenvolvimento da teologia da Qumran, Belial e o Anjo das Trevas eram entendidos como alguma entidade, a saber, uma personificação da má dominação do mundo fora da seita. MARTONE, C. Evil or Devil?... p. 121-123.
[15] Tsiyyim (Is 13,21; 34,14; Jr 50,30; Sl 72,9); se‘irîm (Lv 17,7; 2 Rs 23,8; Is 13,21; 34,14; 2 Cr 11,15); shedim ( Dt 32,17; Sl 106, 37); Reshef/ qeteb/deber ( Dt 32,24; Hab 3,5; Sl 78,48; Jó 5,7e Ct 8,6); Azazel (Lv 16,18; 10,26); Lilith (Is 34,14; sijjîm e ‘ ijjîm (Is 13,2s; 34, 14; Jr 50,39; Sl 72,9); Elilîm (Is 19,3); Leviatã (Is 27,1; Sl 74, 14; 104, 26); Raab (Sl 89,11; Jó 9,13; Is 51,9); Tannin (Is 27,1; 51,9: o dragão).
[16] Cf. LUTHER, Link. O Diabo: a máscara sem rosto. São Paulo, Companhia das Letras, 1988. Para discussão da figura do diabo e o desenvolvimento de sua imagem, ver também: DATLLER, Frederico. O mistério de satanás: Diabo e Inferno na Bíblia e na Literatura Universal. São Paulo, Paulinas, 1997; STANFORD, Peter. O Diabo: Uma Biografia. Rio de Janeiro, Gryphus, 2003; NOGUEIRA, Carlos Roberto F. O diabo no imaginário Cristão. Bauru, EDUSC, 2000.
[2] SCHIAVO, Luigi. 2000 Demônios em Decápole... p. 133.
[3] KILPP, Nelson. Os poderes demoníacos no Antigo Testamento... p. 25. Kilpp mostra como exemplo Gn 32,23-33, onde a crença popular de demônios no rio Jaboc, que atacavam a noite e perdiam as forças pela manhã, foi assimilada e integrada a figura de Javé: quem lutou com Jacó, na nova apropriação israelita, era ninguém menos que Javé. Há a mesma assimilação em Ex 4, 24-26, onde a crença antiga de um demônio do deserto que atacava quem pousasse em seu território, e o sangue poderia afastá-lo; no texto o sangue afasta a Javé.
[4] PAGELS, Elaine. As Origens de Satanás... p. 70.
[5] RUSSEL, Jeffrey Burton. O Diabo: as percepções do mal da antiguidade ao cristianismo primitivo. São Paulo, Paulus, 1997.
[6] WOLFF, Hans Walter. Bíblia: Antigo Testamento. Introdução aos escritos e aos métodos de estudo. São Paulo, Paulinas, 1978. p. 16.
[7] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor, 1 Samuel 28 and Ancient Eastern Necromancy. In: MEYER, Marvin; MERECKI, Paul (ed.). Ancient Magic and Ritual Power. LEIDEN/NEW YORK/ KÖLN, Bril, 1995. p. 111
[8] A LXX traduz ~yhiîl{a/ como Qeou.j
[9] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 125.
[10] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 126.
[11] SCHMIDT, Brian B. The “Witch” of En-Dor... p. 128
[12] MARTONE, C. Evil or Devil? Belial from the Bible to Qumran. Henoch 36 (2004):115-127. p. 117.
[13] Martone explica que o texto grego do Testamento dos XII patriarcas é fundado em duas formas ou recessões (a e b). Por exemplo, no texto da recessão b onde fala da “vontade do diabo” lê-se “vontade de Belial”. Neste caso vemos uma clara identificação filológica de Belial com o mal: uma posterior evidencia que a história do texto é a história da cultura envolvendo o texto original. MARTONE, C. Evil or Devil?... p. 118.
[14]1QS I,16-18; 22-24 vemos a dominação de Belial (mmšlt bly‘l), como lote de Belial (I QS II,4-5). A dominação de Belial (mmšlt bly‘l) é o mundo fora da seita, e o lote de Belial são os que vivem naquele mundo, mudar para salvação seria se associar a seita. Os filhos das trevas (bny hwšk) estão debaixo da dominação dos anjos das trevas (ml‘k hwšk) descritos na instrução dos dois espíritos (1QS III, 13 – IV,26). Para Martone ml‘k hwšk é bly‘l. O autor acredita que os últimos redatores do Rolo da Comunidade entendiam o termo bly‘l como o anjo do mal. Contudo nos Hodayot (1QHa XI 27-30,32; 1QHa XII 9-14; 1QH 26-27;39) podem ter as duas idéias (um substantivo próprio ou a idéia de “worthlessness”). Diferentemente dos Hodayotes, outros textos como Rolo da Guerra personifica Belial, onde este com seu lote estarão numa guerra final contra Deus e seu lote (1QM 1,5; 15,3;18.1-3). De acordo com os textos de 1QM, pode-se perceber que em Qumran acreditava-se que o mal era parte dos planos divinos, como também sua final destruição. Aqui está a idéia dos “dois espíritos”, onde ele tem a ação das duas forças que o próprio Deus criou. Mas, com a ajuda de Deus pode-se livrar dos planos de Belial (4QMidrEscat XXII, 12 // 1QS III,24 – sobre os dois espíritos). A figura demoníaca na instrução dos “dois espíritos” é o ml‘k hwšk e não menciona bly‘l, enquanto em 4QMidrEscat podemos ler uma similar passagem com a menção de Belial. Isso pode sustentar que em certo estágio do desenvolvimento da teologia da Qumran, Belial e o Anjo das Trevas eram entendidos como alguma entidade, a saber, uma personificação da má dominação do mundo fora da seita. MARTONE, C. Evil or Devil?... p. 121-123.
[15] Tsiyyim (Is 13,21; 34,14; Jr 50,30; Sl 72,9); se‘irîm (Lv 17,7; 2 Rs 23,8; Is 13,21; 34,14; 2 Cr 11,15); shedim ( Dt 32,17; Sl 106, 37); Reshef/ qeteb/deber ( Dt 32,24; Hab 3,5; Sl 78,48; Jó 5,7e Ct 8,6); Azazel (Lv 16,18; 10,26); Lilith (Is 34,14; sijjîm e ‘ ijjîm (Is 13,2s; 34, 14; Jr 50,39; Sl 72,9); Elilîm (Is 19,3); Leviatã (Is 27,1; Sl 74, 14; 104, 26); Raab (Sl 89,11; Jó 9,13; Is 51,9); Tannin (Is 27,1; 51,9: o dragão).
[16] Cf. LUTHER, Link. O Diabo: a máscara sem rosto. São Paulo, Companhia das Letras, 1988. Para discussão da figura do diabo e o desenvolvimento de sua imagem, ver também: DATLLER, Frederico. O mistério de satanás: Diabo e Inferno na Bíblia e na Literatura Universal. São Paulo, Paulinas, 1997; STANFORD, Peter. O Diabo: Uma Biografia. Rio de Janeiro, Gryphus, 2003; NOGUEIRA, Carlos Roberto F. O diabo no imaginário Cristão. Bauru, EDUSC, 2000.