sábado, 9 de março de 2019

Para você escolher um lado a respeito da Reforma da Previdência.




1. Sim, há um problema conhecido como deficit. No INSS é de 268 bilhões; dos servidores, 195 bilhões; militares, 43 bilhões; Fundo Constitucional do DF (FCDF), 4 bilhões. Como resolver isso? Com a Reforma proposta por Temer ou esta "renovada" pelo atual governo? NÃO. Realmente, não!
Vamos analisar:
1.1. Entre 2007-2017, segundo o CONAMP, o Brasil abriu mão de 2,265 trilhões através de isenções previdenciárias. Só em 2017 o governo abriu mão de 354 bilhões com isenções. Na fala do Guedes-Bolso, com a tal Reforma em dez anos economizaremos 1 trilhão. No entanto -- sem tirar direitos ou mexer, por exemplo, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) [valor pago a idosos pobres] --, se o governo não desse isenções irresponsáveis economizaria um pouco mais do que isso em três anos! Entendeu?
1.2. 4% do PIB bruto no Brasil é para benefícios fiscais! Em 2013 a certa básica teve o imposto zerado. Ótimo. Contudo, Itens como Caviar, filé mignon, salmão e queijos importados foram colocados na mesma categoria! Como estão fora do orçamento, não entram na disputa quando são avaliadas as prioridades. Pasme: esses produtos "populares" não são contabilizados! Em suma, sem avaliação os produtos consumidos pela elite brasileira são insetos de impostos mesmo que isso custe o mesmo valor gasto com a educação pública!
1.2. Além disso, há empresas em atividade com dívidas não cobradas: das 32 mil empresas, 82% ainda está atuando. São 426 bilhões não repassados!
1.3. Outro ponto é há a DRU (Desvinculação das Receitas da União) que tirou da Seguridade Social -- onde estão Saúde, Previdência e Assistência Social -- 92 bilhões em 2016 cuja maior parte serviu para pagar juros e amortizar a dívida pública. A DRU foi criada na década de 90 por causa da hiperinflação. No entanto, ela vem sendo renovada e ficará por aí até 2023.
1.4. A Receita Federal não tem uma estimativa da dívida causada pela sonegação fiscal e previdencial causada pelo descumprimento da legislação trabalhista. Como podemos falar em reforma da previdência sem termos os dados de quem está produzindo, ou ajudando a produzir, o deficit?
2. O governo diz: "sem a reforma da previdência o Brasil quebra, não há outro caminho"! Mentira! Há outro caminho sim. No mínimo algumas ações anteriores à radicalização. Primeiramente, antes de qualquer coisa, sem tirar direitos ou diminui-los (o caso da BPC é um absurdo!), é necessário expor e investigar urgentemente a sonegação. Depois, mexer nas isenções. No combate a esse último, teríamos em 3 anos (!) a economia de 1 Trilhão!
3. Há outro grave problema. Os deputados, inclusive a bancada evangélica, já estão exigindo negociatas para a aprovação da PEC da Reforma. Ou seja, o povo está à mercê de um engodo retórico que servirá de moeda de troca aos vampiros!
De que lado você está? Não apoie antes de cuidadosa avaliação.
A nós, povo do Evangelho, cabe-nos o discernimento do Espírito, cujo produto ético alicerça-se sobre as bases do projeto do Reino!

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